sábado, 22 de março de 2008

O que o mundo come

Imagens da desigualdade: o que o mundo come


Uma série fotográfica no site revista americana Time suscita reflexões sobre a desigualdade social, desta vez sobre a mesa de refeições de famílias espalhadas ao redor do planeta.


A revista reproduziu em seu site fotografias de cada família e os alimentos que elas consomem em apenas uma semana. A fonte das fotografias foi o livro Hungry Planet: What The World Eats (Planeta Faminto: O que o Mundo Come, em tradução livre), que descreve o que 30 famílias, em 24 países, comem em 640 refeições.

O fotógrafo Peter Manzel e o escritor Faith D'Aluisio viajaram o mundo, procurando saber o que 30 famílias em 24 países, do Sudão a Cuba, passando pela Polônia, colocam em suas mesas para jantar.

Reproduzimos abaixo algumas famílias, fotografadas com o que comem em uma semana. É digno de nota comparar a quantidade de comida e o número de familiares que se sustentam semanalmente com o que a fotografia mostra.
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Alemanha: Família Melander de Bargteheide
Gasto semanal em alimentos: US$ 500,07
(Clique na fotografia para vê-la em melhor resolução)
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Japão: Família Ukita, cidade de Kodaira
Gasto semanal em alimentos: US$ 317,25
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Itália: Família Manzo, da Sicília
Gasto semanal com alimentos: US$ 260,11
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Koweit: Família al-Haggan, da Cidade do Koweit
Gasto semanal com alimentos: US$ 221,45
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Estados Unidos: Família Revis, da Carolina do Norte
Gasto semanal com alimjentos: $341.98
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México: Família Casales, de Cuernavaca
Gasto semanal com alimentos: US$ 189,09
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China: Família Dong, de Pequim
Gasto semanal com alimentos: US$ 155,06
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Polônia: Família Sobczynscy, de Konstancin-Jeziorna
Gasto semanal com alimentos: US$ 151,27
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Egito: Família Ahmed, da cidade do Cairo
Gasto semanal com alimentos: US$68,53
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Equador: Família Ayme, de Tingo
Gasto semanal com alimentos: US$ 31,55
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Estados Unidos: Família Caven da Califórnia
Gasto semanal com alimentos: US$ 159,18
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Mongólia: Família Batsuuri, de Ulaan Baator
Gasto semanal com alimentos: US$ 40,02
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Butão: Família Namgay, da vila Shingkhey
Gasto semanal com alimentos: US$ 5,03
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Tchade: Família Aboubakar, do acampamento Breidjing
Gasto semanal com alimentos: US$ 1,23

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

.Síndrome de Desordem da Atenção Deficitária da Idade Avançada.

Um outro texto com o qual eu me identifico bastante:


1. Outro dia decidi lavar o carro: peguei nas chaves e fui em direção à garagem, quando notei que tinha correspondência em cima da mesa.

2. OK, vou lavar o carro, mas antes vou dar uma olhadinha, pois pode ter alguma coisa urgente.

3. Ponho as chaves do carro na escrivaninha ao lado e, olhando o correio, vejo que tem algumas contas para pagar e muita propaganda , então decido jogá-las fora, mas vejo que o cesto de lixo está cheio.

4. Então lá vou eu esvaziá-lo. Coloco as contas sobre a escrivaninha, mas lembro-me que há um banco eletrônico perto de casa e vou primeiro pagar as contas.

5. Coloco o cesto de lixo no chão, pego as contas e vou em direção à porta.

6. Onde está o cartão do banco? No bolso do casaco que vesti ontem.

7. Ao passar pela mesa de jantar, olho para uma cerveja que estava bebendo. Vou buscar o cartão, mas antes vou guardar a cerveja na geladeira .

8. Vou em direção à cozinha quando noto que a planta no vaso parece murcha, é melhor pôr água antes.

9. Coloco a cerveja na mesa da cozinha, quando... Ah! Achei os meus óculos! Estava à procura deles há horas! É melhor guardá-los já!

10. Pego num jarro, encho-o de água e vou em direção ao vaso.

11. Deixaram o controle remoto da televisão aqui em cima! À noite, quando quisermos ligar a TV, ninguém vai se lembrar de procurar na cozinha. É melhor levá-lo já para a sala. Mas...

12. Ponho os óculos sobre a mesa e pego no controle remoto.

13. Coloco a água na planta, mas caiu um pouco no chão. Deixo o controle remoto no sofá e vou buscar um pano.

14. Vou andando pelo corredor e penso que precisava trocar a moldura deste quadro.

15. Estou andando e já não sei o que é que ia fazer!!!

16. Ah! Os óculos... Depois! Primeiro o pano. Pego nele.

17. Vou em direção ao vaso, mas vejo o cesto do lixo cheio.

18. Final do dia: o carro continua por lavar, as contas não foram pagas, a cerveja lá está, quentinha, a planta levou só metade da água, não sei do cartão do banco, nem onde estão as chaves do carro!

19. Quando tento entender porque é que não fiz nada hoje, fico atônito, pois estive ocupado o dia inteiro!

20. Percebo que isto é uma coisa muito séria e que tenho que ir ao médico, mas, antes, acho que vou ver o resto do correio...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Nova Mansão de Edir Macedo é avaliada em R$ 6 mi

Edir Macedo construiu uma casa com 2.000 metros quadrados em Campos do Jordão, a revista VEJA visitou a casa e conseguiu algumas fotos.

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A casa conta com 35 cômodos distribuidos em 4 andares. 18 Suítes com banheira de hidromassagem, um jardim réplica do Monte das Oliveiras de Jerusalém, adega, sala de cinema, quadra de squash e elevador panorâmico.

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Foi trazido da Itália 600 m2 de mármore botticino com um custo de R$240.000. Ainda há dois pequenos viadutos de 200 metros para acesso à rua. O bispo ainda tem outra casa em Campos do Jordão de 4.000 m2, com 15 cômodos e 6 suítes, academia de ginástica e heliporto, foi adiquirida em 96 por mais de R$1 milhão.

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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Momentos Fotográficos







































terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Recorde: Escocês dá volta ao mundo de bicicleta em 195 dias

Mark Beaumont e sua bicicleta chegam a Paris
Mark Beaumont chegou na tarde desta sexta-feira a Paris
O escocês Mark Beaumont quebrou o recorde de volta ao mundo em uma bicicleta nesta sexta-feira, chegando a Paris depois de 195 dias de viagem. O recorde anterior era de 276 dias.

O ciclista de 25 anos cruzou a linha de chegada no Arco do Triunfo depois de uma viagem que começou no dia 5 de agosto de 2007 e percorreu 28 mil quilômetros por 20 países, incluindo Paquistão, Malásia, Austrália, Nova Zelândia e os Estados Unidos.

Beaumont foi recebido em Paris por sua família, amigos e fãs e disse que estava exausto, porém muito feliz com sua conquista.

"É ótimo ver meus amigos e família e agora quero dormir um pouco."

"O desafio (a volta ao mundo de bicicleta) foi uma daquelas coisas que precisava ser feita. Adoro a idéia de ser o primeiro e o mais rápido e senti que era capaz de quebrar o recorde", disse.

Furto e atropelamento

A rotina de Beaumont foi muito pesada nos últimos meses. Ele percorria 160 quilômetros por dia e tinha um dia de folga apenas a cada 15 dias.

A viagem começou em Paris no dia 5 de agosto e, da França, ele percorreu a Bélgica e cruzou a Europa.

E a viagem não foi tranqüila. Beaumont foi perseguido e apedrejado por pastores na Turquia.

Na Ucrânia e nos Estados Unidos ele foi atropelado. Nos Estados Unidos, no Estado da Louisiana, Beaumont foi atropelado por um idoso que avançou o sinal vermelho.

No Paquistão o ciclista teve que dormir em celas, dentro de delegacias. Durante a viagem, sua carteira e sua câmera foram roubadas.

E durante a viagem ele usou até o fim seis pneus de sua bicicleta (os pneus furaram sete vezes) e seis calções.

A mãe de Beaumont, Una Beaumont, coordenou sua viagem, negociando com embaixadas, marcando vôos, lidando com a imprensa e providenciando os reparos na bicicleta.

Amarilis Espinoza, porta-voz do Livro Guinness dos Recordes, afirmou que a documentação da viagem será analisada pelos pesquisadores do livro, mas "tudo parece já estar em ordem" para o registro do recorde.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/02/080215_ciclistarecordefn.shtml

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Fábula Moderna - A Formiga e o Marimbondo

Todos os dias, uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho.
A formiga era produtiva e feliz. O gerente marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem supervisão. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada. E colocou uma barata que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora. A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga. Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas. O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões. A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida. Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões! O marimbondo concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava. O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial. A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada. A cigarra, então, convenceu o gerente marimbondo, que era preciso fazer um estudo de clima. Mas, o marimbondo, ao rever as cifras, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação. A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía : Há muita gente nesta empresa! E adivinha quem o marimbondo mandou demitir? A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida. Você já viu esse filme antes?

A Fábula dos porcos assados

Certa vez, aconteceu um incêndio num bosque onde havia alguns porcos, que foram assados pelo fogo. Os homens, acostumados a comer carne crua, experimentaram e acharam deliciosa a carne assada. A partir dai, toda vez que queriam comer porco assado, incendiavam um bosque... Até que descobriram um novo método.
Mas o que quero contar é o que aconteceu quando tentaram mudar o SISTEMA para implantar um novo. Fazia tempo que as coisas não iam lá muito bem: as vezes, os animais ficavam queimados demais ou parcialmente crus. O processo preocupava muito a todos, porque se o SISTEMA falhava, as perdas ocasionadas eram muito grandes - milhões eram os que se alimentavam de carne assada e também milhões os que se ocupavam com a tarefa de assa-los. Portanto, o SISTEMA simplesmente não podia falhar. Mas, curiosamente, quanto mais crescia a escala do processo, mais parecia falhar e maiores eram as perdas causadas.
Em razão das inúmeras deficiências, aumentavam as queixas. Já era um clamor geral a necessidade de reformar profundamente o SISTEMA. Congressos, seminários e conferencias passaram a ser realizados anualmente para buscar uma solução. Mas parece que não acertavam o melhoramento do mecanismo. Assim, no ano seguinte, repetiam-se os congressos, seminários e conferencias.

As causas do fracasso do SISTEMA, segundo os especialistas, eram atribuídas a indisciplina dos porcos, que não permaneciam onde deveriam, ou a inconstante natureza do fogo, tão difícil de controlar, ou ainda as arvores, excessivamente verdes, ou a umidade da terra ou ao serviço de informações meteorológicas, que não acertava o lugar, o momento e a quantidade das chuvas.
As causas eram, como se vê, difíceis de determinar - na verdade, o sistema para assar porcos era muito complexo. Fora montada uma grande estrutura: maquinário diversificado, indivíduos dedicados exclusivamente a acender o fogo - incendiadores que eram também especializados (incediadores da Zona Norte, da Zona Oeste, etc, incendiadores noturnos e diurnos - com especialização matutina e vespertina - incendiador de verão, de inverno etc). Havia especialista também em ventos - os anemotecnicos. Havia um diretor geral de assamento e alimentação assada, um diretor de técnicas ígneas (com seu Conselho Geral de Assessores), um administrador geral de reflorestamento, uma comissão de treinamento profissional em Porcologia, um instituto superior de cultura e técnicas alimentícias (ISCUTA) e o bureau orientador de reforma igneooperativas.

Havia sido projetada e encontrava-se em plena atividade a formação de bosques e selvas, de acordo com as mais recentes técnicas de implantação - utilizando-se regiões de baixa umidade e onde os ventos não soprariam mais que três horas seguidas.
Eram milhões de pessoas trabalhando na preparação dos bosques, que logo seriam incendiados. Havia especialistas estrangeiros estudando a importação das melhores arvores e sementes, o fogo mais potente etc. Havia grandes instalações para manter os porcos antes do incêndio, alem de mecanismos para deixa-los sair apenas no momento oportuno.
Foram formados professores especializados na construção dessas instalações. Pesquisadores trabalhavam para as universidades para que os professores fossem especializados na construção das instalações para porcos. Fundações apoiavam os pesquisadores que trabalhavam para as universidades que preparavam os professores especializados na construção das instalações para porcos etc.
As soluções que os congressos sugeriam eram, por exemplo, aplicar triangularmente o fogo depois de atingida determinada velocidade do vento, soltar os porcos 15 minutos antes que o incêndio médio da floresta atingisse 47 graus e posicionar ventiladores gigantes em direção oposta a do vento, de forma a direcionar o fogo. Não é preciso dizer que os poucos especialistas estavam de acordo entre si, e que cada um embasava suas idéias em dados e pesquisas específicos.

Um dia, um incendiador categoria AB/SODM-VCH (ou seja, um acendedor de bosques especializado em sudoeste diurno, matutino, com bacharelado em verão chuvoso) chamado João Bom-Senso resolveu dizer que o problema era muito fácil de ser resolvido - bastava, primeiramente, matar o porco escolhido, limpando e cortando adequadamente o animal, colocando-o então numa armação metálica sobre brasas, até que o efeito do calor - e não as chamas - assasse a carne.

Tendo sido informado sobre as idéias do funcionário, o diretor geral de assamento mandou chamá-lo ao seu gabinete, e depois de ouvi-lo pacientemente, disse-lhe: "Tudo o que o senhor disse esta muito bem, mas não funciona na pratica. O que o senhor faria, por exemplo, com os anemotecnicos, caso viéssemos a aplicar a sua teoria? Onde seria empregado todo o conhecimento dos acendedores de diversas especialidades?". "Não sei", disse João. "E os especialistas em sementes? Em arvores importadas? E os desenhistas de instalações para porcos, com suas maquinas purificadores automáticas de ar?". "Não sei". "E os anemotecnicos que levaram anos especializando-se no exterior, e cuja formação custou tanto dinheiro ao pais? Vou manda-los limpar porquinhos? E os conferencistas e estudiosos, que ano após ano tem trabalhado no Programa de Reforma e Melhoramentos? Que faço com eles, se a sua solução resolver tudo? Heim?". "Não sei", repetiu João, encabulado. "O senhor percebe, agora, que a sua idéia não vem ao encontro daquilo de que necessitamos? O senhor não vê que se tudo fosse tão simples, nossos especialistas já teriam encontrado a solução ha muito tempo atrás? O senhor, com certeza, compreende que eu não posso simplesmente convocar os anemotecnicos e dizer-lhes que tudo se resume a utilizar brasinhas, sem chamas! O que o senhor espera que eu faça com os quilômetros e quilômetros de bosques já preparados, cujas arvores não dão frutos e nem tem folhas para dar sombra? Vamos, diga-me?". "Não sei, não, senhor". "Diga-me, nossos três engenheiros em Porcopirotecnia, o senhor não considera que sejam personalidades cientificas do mais extraordinário valor?". "Sim, parece que sim". "Pois então. O simples fato de possuirmos valiosos engenheiros em Porcopirotecnia indica que nosso sistema é muito bom. O que eu faria com indivíduos tão importantes para o pais?" "Não sei". "Viu? O senhor tem que trazer soluções para certos problemas específicos - por exemplo, como melhorar as anemotecnicas atualmente utilizadas, como obter mais rapidamente acendedores de Oeste (nossa maior carência) ou como construir instalações para porcos com mais de sete andares. Temos que melhorar o sistema, e não transforma-lo radicalmente, o senhor, entende? Ao senhor, falta-lhe sensatez!". "Realmente, eu estou perplexo!", respondeu João. "Bem, agora que o senhor conhece as dimensões do problema, não saia dizendo por ai que pode resolver tudo. O problema é bem mais serio e complexo do que o senhor imagina. Agora, entre nós, devo recomendar-lhe que não insista nessa sua idéia - isso poderia trazer problemas para o senhor no seu cargo. Não por mim, o senhor entende. Eu falo isso para o seu próprio bem, porque eu o compreendo, entendo perfeitamente o seu posicionamento, mas o senhor sabe que pode encontrar outro superior menos compreensivo, não é mesmo?".

João Bom-Senso, coitado, não falou mais um "a". Sem despedir-se, meio atordoado, meio assustado com a sua sensação de estar caminhando de cabeça para baixo, saiu de fininho e ninguém nunca mais o viu.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Cientistas criam joelheira que gera eletricidade

Cientistas criam joelheira que gera eletricidade

da BBC Brasil

Cientistas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, desenvolveram um aparelho que, acoplado a uma joelheira, transforma a energia motora da caminhada em eletricidade.

Em artigo publicado nesta sexta-feira (8) na revista científica "Science", os cientistas dizem que o dispositivo funciona como os freios regenerativos dos carros híbridos, que armazenam a energia que seria dissipada como calor cada vez que o motorista pisa no freio.

Greg Ehlers/AP
Aparelho acoplado em joelheira transforma energia motora da caminhada em eletricidade
Aparelho acoplado em joelheira transforma energia motora da caminhada em eletricidade

O novo aparelho, que pesa 1,6 quilos, armazena a energia desperdiçada quando os homens "freiam" o joelho após mover a perna para andar.

"Nós aplicamos o mesmo princípio [dos carros] para andar", disse Max Donelan, um dos responsáveis pela pesquisa. "Caminhar é como dirigir e parar", explica Donelan.

Experiência

Os cientistas testaram o dispositivo em seis homens, que usaram um aparelho em cada perna durante uma caminhada lenta. Para determinar a quantidade de energia necessária para o funcionamento dos aparelhos, os pesquisadores mediram a quantidade de oxigênio consumida pelo usuário, assim como sua produção de carbono.

Cada voluntário gerou cerca de 5 watts. Em um outro teste, um participante gerou 54 watts durante uma corrida. Segundo os cientistas, o dispositivo é capaz de gerar ainda mais energia, mas para isso precisaria ficar ligado o tempo todo, o que aumentaria a pressão no corpo.

No modo testado, um conjunto de marchas acoplado ao aparelho auxilia o tendão da perna a diminuir a velocidade do corpo logo antes do pé tocar o chão.

O dispositivo também tem sensores que desligam o aparelho em cada passo, aliviando a pressão sobre o usuário.

Energia útil

"Somos baterias bem eficazes", disse Donelan à "BBC News". "Em nossa gordura, acumulamos o equivalente a uma bateria de 1000 quilos".

Os cientistas acreditam que o novo dispositivo terá várias utilidades.

"Acredito que os primeiros usuários serão pessoas cujas vidas dependem de uma fonte portátil de energia", disse Donelan.

"Na medicina, fontes portáteis de energia são usadas por pessoas que tiveram membros amputados e precisam de eletricidade para carregar suas próteses", explica.

A equipe de cientistas acredita ainda que o dispositivo poderá ajudar pessoas que sofreram ataques cardíacos ou fratura na coluna e precisam usar exoesqueletos para se movimentar.

"A ênfase atual e futura será em fornecer energia para os exoesqueletos", afirmou Donelan à "BBC".

De acordo com Donelan, soldados também poderão se beneficiar do novo aparelho para carregar os diversos dispositivos que carregam em serviço, como o GPS e os óculos de visão noturna.

Donelan explica ainda que, em aproximadamente 18 meses, uma versão mais leve do aparelho, ainda mais portátil, poderá ser produzida.

OAB: Justiça investe mais em prédios do que no combate à morosidade

OAB: Justiça investe mais em prédios do que no combate à morosidade

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, acusou ontem o Poder Judiciário de investir mais na construção de edifícios do que no combate à morosidade da Justiça. Para ele, as verbas destinadas a obras nos tribunais deviam ser usadas para melhorar o atendimento aos cidadãos que buscam seus direitos, especialmente nas varas de primeira instância.

- O Judiciário tem priorizado a construção de novas sedes, não raro suntuosas, em detrimento da ampliação de varas e da contratação de servidores concursados. Essa inversão de prioridades tem contribuído para a morosidade da Justiça - criticou o presidente da OAB.

Na terceira reportagem da série sobre as mordomias nos três poderes, O GLOBO mostrou ontem que o Judiciário planeja gastar, nos próximos cinco anos, R$ 1,2 bilhão na construção de edifícios em Brasília. O presidente da Associação de Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Walter Nunes, se disse surpreso ao conhecer despesas com regalias como a compra de tortas e doces para o lanche de ministros. Ele também criticou o volume de recursos destinados à construção de tribunais: - É importante um Judiciário bem equipado, mas a construção de prédios de luxo desse porte não se justifica.

Presidente da OAB-RJ critica frotas de luxo nos tribunais

A compra de carros de luxo para a frota oficial dos tribunais superiores e do Supremo Tribunal Federal foi atacada pelo presidente da OAB no Rio, Wadih Damous. Ele lembrou que a Suprema Corte americana tem apenas um automóvel à disposição do seu presidente - os outros juízes se deslocam em veículos particulares.

Damous cobrou mais atenção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aos gastos dos tribunais. Para ele, o órgão tem se dedicado mais a questões individuais que envolvem juízes do que ao acompanhamento de despesas: - O conselho é omisso na fiscalização de gastos dos tribunais e mordomias concedidas aos juízes. Gastança inaceitável.

Parece que a República ainda não foi proclamada no Judiciário brasileiro.

As regalias também foram alvo de críticas no Congresso.

Para o deputado Flávio Dino (PCdoB-MA), juiz federal aposentado e ex-secretário-geral do CNJ, o Judiciário canaliza verbas para o aumento da máquina sem a preocupação de melhorar os serviços: - É um samba de uma nota só: mais juízes, mais funcionários, mais prédios. Os tribunais não perceberam que o ciclo de expansão da burocracia judiciária se esgotou.

Deputado quer padronizar custos com obras

Flávio defende que o CNJ formule uma resolução para padronizar as plantas e os custos da construção de novas sedes da Justiça.

Em discurso na tribuna, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) criticou a reportagem do GLOBO e defendeu os gastos do Judiciário: - Da forma como está colocado aqui (no jornal), só serve para tentar macular a imagem do Poder Judiciário. Eu, como parlamentar, quero dizer que mais importante até do que o Parlamento é o Poder Judiciário, o pilar mais importante da democracia.

O CNJ informou que não tem a atribuição de fiscalizar obras dos tribunais.

fonte: clipping da Justiça Federal



http://www.ro.trf1.gov.br/noticias/2007/OAB%20-%20Justi%E7a%20investe%20mais%20em%20pr%E9dio%20do%20que%20no%20combate%20%E0%20morosidade.htm

Quem sou eu

Meu nome é Alex de Moraes.